(0) Commentigiovedì 31 gennaio 2013
O Evangelho e Lucia - Domingo, 3 de Fevereiro de
2013
Jesus e Lucia Schiavinato nos ensinam uma fé
que sabe "atravessar a fronteira", se afastando da busca da
fácil aceitação
Quarto Domingo do Tempo Comum
4º Domingo do Tempo Comum
Do Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Lucas
4,21-30.
Naquele tempo, estando Jesus na sinagoga, começou a
dizer: "Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de
ouvir".
Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras
cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam:
"Não é este o filho de José?"
Jesus, porém, disse: "Sem dúvida, vós me
repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo.
Faz também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que
fizeste em Cafarnaum".
E acrescentou: "Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é
bem recebido em sua pátria.
De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não
choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em
toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No
entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma
viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia.
E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel.
Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o
sírio".
Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram
furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no
até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava
construída, com a intenção de
lançá-lo no precipício. Jesus, porém,
passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.
Depois do estupor, a indignação. Por um momento
tinham esperado de fazer com que Jesus se tornasse a glória
da própria terra. Ele mesmo, o filho de José, se
quisesse, com a sua sabedoria e capacidade de cura, teria arrastado
Nazaré para fora do seu anonimato e resgatando-a assim da
pouco consideração que se tinha nos arredores.
Ao invés, porque é que não faz milagres mesmo
aqui, em sua casa? Porque motivo não começar a fazer
de Nazaré "a cidade dos milagres" ?... Seria um ganho para
todos! Por outro lado Jesus é "nosso"... e nos
incômoda vir a saber que começou em Cafarnaum a sua
atividade assim rica de tantas possibilidades...
Jesus percebe que o querem capturar para os interesses deles e os
admoesta ensinando-lhes que as dimensões da sua
ação não conhecem confins. Já no Antigo
Testamento Deus tinha "ido mais além" para outro lugar,
dando a vida ao filho de uma mulher pagã e curando um
leproso proveniente da Síria.
Somos livres, como Jesus era livre?
Admira que Jesus tenha querido inaugurar a sua missão
pública com esta desilusão exatamente na sua aldeia e
povoado. E porquê S. Lucas não tem medo de nos lembrar
esta derrota inicial? Por um único e evidente motivo: quer
que também nós saibamos viver a liberdade de Jesus.
Livres da busca de um fácil aceitação, livres
da busca de relações fáceis e gratificantes,
mas que correm o risco de nos bloquear. Livres também do
sucesso, se para o alcançar aceitamos a
ligação a ambientes e pessoas que até parece
que o garantirão para sempre.
Jesus é de todos, é para
todos
Jesus não procura o sucesso. Venceu esta
tentação no deserto. Jesus só procura que o
alegre anúncio da vontade do Pai possa chegar a todos, para
lá de cada pertença. Jesus é "patrimônio
universal" da humanidade...Ninguém, nem sequer a Igreja, lhe
poderá reivindicar a exclusividade, porque a Igreja é
como Maria, que o gerou e o deixou ir pelas estradas da sua
terra.
Para além dos confins
Jesus não é um símbolo para identificar uma
religião, Jesus é a esperança de todo o
gênero humano. E se existe um temor que o cristão deve
cultivar sempre é que a própria fé em Jesus
não sofra "invasões". Assim como Jesus, cada um dos
seus discípulos, deve ter a paixão, para que o
evangelho acenda fogo onde quer que seja.
E se tivesse que acontecer, que o cristão assim como Jesus
tenha que ser escorraçado para fora, não tenha medo:
o evangelho nunca se renderá porque, "passando pelo meio
deles", continuará o seu caminho para outros lugares. Se
calhar é o que está acontecendo também a
nós?
Levai-O pelo mundo inteiro, pede Lucia
Lucia, cujo coração tem as dimensões do
mundo, conhece estas invasões da fé. Escreve
às suas companheiras: "Lembrai-vos: do alegre
testemunho....ou seja espírito genuíno do Evangelho,
sem distorções, mesquinhez e ninharias. Fazer amar
Cristo, que os longínquos também sintam a atrativa e
a estima e que cada um que se aproximar de vocês seja
conquistado pela vossa inesgotável bondade. E levem-no pelo
mundo inteiro, pelas estradas, aos escritório e às
escolas...Não aprisionem Cristo, só para vosso
próprio prazer, continuando a interessá-lo só
e sobretudo de vocês... Oferecei-O aos irmãos...cada
vez que o vosso zelo se puder exprimir em ações e
palavras".
Pe. Antonio Guidolin